Truculência do Governo de Mato Grosso será apurada pelo Ministério da Justiça

Uma caravana de jornalistas, apoiada pelo Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso – Sindjor MT, esteve em Brasília na sexta-feira (01), para protocolar denúncia de assédio judicial contra um grupo de 18 profissionais de imprensa em nosso  Estado.

Ainda no dia 29, o grupo de Jornalistas tiveram lugar de fala no evento Seminário Jornalismo livre e plural: desafios e entraves do marco normativo brasileiro  promovido pela entendidade Repórteres sem Fronteiras (RSF), onde além de fazerem observações sobre um possível aparelhamento da polícia em MT, também propuseram um debate sobre patrocínio da imprensa livre.

A comitiva foi formada pelos jornalistas Alexandre Aprá, Edina Araújo, Enock Cavalcanti, Marco Polo Pinheiro e Rogério Florentino, Vice-presidente do SINDJORMT. 

A denúncia foi recebida formalmente, no Ministério da Justiça, na Esplanada dos Ministérios, pelo Secretário Nacional de Justiça, o advogado Jean Keiji Uema, que garantiu que o Observatório de Violência Contra os Jornalistas, que ele coordena, fará uma rigorosa apuração dos fatos que lhe foram apresentados.

Da esquerda para a direita: Rogério Florentino, Jornalista e Vice-Presidente SINDJORMT, Jean Uema, Observatório de Violência Contra os Jornalistas do Ministério da Justiça, e o Jornalista Aprá, uma das 18 vítimas de assédio judicial no Estado.

No documento os jornalistas detalharam alguns dos mais recentes episódios de truculência observados em Mato Grosso como a contratação de um investigador pelo Governador do Estado para monitorar e ameaçar o jornalista Alexandre Aprá; a escalada de assédio judicial contra jornalistas do Grupo Gazeta de Comunicação como forma de retaliação por divulgaremos reportagens documentando a ação da Policia Federal contra o sr. Luis Antonio Taveira, filho do governador, no episódio de compra de mercúrio ilegal; as sucessivas tentativas de  violação do sigilo da fonte, em afronta à Constituição Federal; a compra e o uso do aparelho israelense de espionagem, para monitoramento de dispositivos móveis, o mesmo que teria sido usado pela Abin Paralela do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e um pedido de investigação sobre a possível omissão e parcialidade das autoridades nos casos que envolvem jornalistas.

Um grupo de trabalho foi formado no âmbito do Observatório de Violência contra Jornalistas para indicar, com celeridade, as medidas que serão adotadas para a proteção dos jornalistas mato-grossenses. Jean Uema informou que outros ministérios, como o Ministério dos Direitos Humanos, e outras instâncias de poder serão procuradas para atuar na defesa dos jornalistas ameaçados.

A reunião no Ministério da Justiça contou com a participação das entidades que integram a Rede de Proteção aos Jornalistas e Comunicadores Brasileiros, tais como a Federação Nacional dos Jornalistas, a Associação Brasileira dos Jornalistas Investigativos, o Artigo 19, o Instituto Vladimir Herzog, o Repórter Sem Fronteiras, o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social e a Associação Profissão Jornalista (APJor) e Agência Pública.

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