Em Campinas (SP), jornalistas da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), que publica o Correio Popular, paralisaram as atividades desde a última segunda-feira (04). A ação será em função dos salários e benefícios, que atrasados, com frequência, há quase dois anos. As informações são do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP).
Segundo as informações, o SJSP tentou negociar com a empresa. Foi proposto o pagamento semanal, sempre às sextas, de 25% dos salários atrasados. A ideia era ter ao menos uma medida de redução da dívida com os jornalistas. O acordo foi firmado junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e ainda assim foi descumprido pela empresa. A entidade conta que há dois meses o saldo não é quitado, sendo que quando acontece algum tipo de pagamento é no valor de um oitavo da remuneração devida.
Problema recorrente, afirma entidade
“Não é a primeira vez que os jornalistas da rede são obrigados a se mobilizar para pressionar a empresa a tomar medidas contra os frequentes atrasos, pois o problema começou no final de 2015 e, desde então, os trabalhadores entraram em estado de greve diversas vezes, além das ocasiões em que cruzaram os braços efetivamente. O acordo judicial junto ao TRT só foi conquistado por meio de uma greve realizada nos dias 28 e 29 de junho último”, avisa a entidade. Nas datas, “a categoria aderiu amplamente ao movimento”, afirma o sindicato.
A empresa deve o pagamento dos últimos dois meses, o salário de maio, seis meses de vales refeição e alimentação. Há pendências relativas às férias e, agora, a primeira parcela do 13º de 2017, que venceu em 30 de novembro. “Os profissionais não receberam qualquer sinalização da empresa sobre o pagamento”, ressalta a entidade. As informações apontam que recentemente o grupo de comunicação quitou a última parcela do 13º salário de 2016 e o salário devido de abril.
Fonte: Comunique-se