Sindicato e empresas debatem Acordo; contraproposta fica para dia 21

Sindjor MT

Pela primeira vez no ano representantes de empresas de jornalismo do estado participaram de uma rodada de negociação sobre Acordo Coletivo com o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor MT). O diálogo ocorreu na manhã de terça-feira (07) na sede da Secretaria de Relações do Trabalho (SRT), em Cuiabá, e ficou definida uma nova sessão para o dia 21, quando as firmas devem apresentar sua contraproposta. 

 

Na mesma data o sindicato fará assembleia com a categoria para avaliar a situação e encaminhar ações, já que as empresas querem eliminar vários direitos como licença maternidade de seis meses e vale alimentação, alegando que tais conquistas prejudicam pagamento de melhor salário. 

 

O Sindjor defende que, caso o acordo não seja firmado, deve encaminhar a questão à Justiça do Trabalho na forma de Convenção Coletiva, com maior efeito vinculante. A mobilização da categoria é fundamental.

 

A diretora financeira do sindicato, Silvia Marques Calicchio, falou pela entidade durante a rodada de negociação desta terça. As empresas representadas foram as tvs Centro América (pelas procuradoras Mariana Silva Camargo Botof e Giane Maria Dolenkei Pilati) e Cidade Verde de Cuiabá, Tangará e Rondonópolis (Susana de Oliveira Sá), os sites Repórter MT (Mayara Michels Faria da Cunha), RD News (Marcia Luiza do Carmo) e Folha Max (Júlio Cezar Nazário) e a produtora KC Vídeos Produções (Itamar Lima da Silva). Ilson Cesar Pereira Branco atuou como mediador da SRT/MT. 

 

A primeira rodada de negociação (23 de abril) foi infrutífera, pois nenhuma das mais de 500 empresas de jornalismo e afins do estado enviou representante. 

 

 

Conteúdo em discussão

O novo piso para a carga diária de 5 horas defendido pelo Sindjor é de aproximadamente R$ 2.811,00. Leva em conta a correção inflacionária anual calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC)/IBGE e o ganho real de 5%. O atual piso é de R$ 2.560,00. Confira aqui a íntegra da minuta. 

 

“Estamos fazendo nosso papel, buscando um Acordo Coletivo com as empresas. Foi salutar alguns representantes virem desta vez e colocarem a disposição de elaborar uma contraproposta. Se há questões específicas, podemos fazer discussões setoriais, mas queremos neste momento um acordo amplo, que sirva de base para todos os profissionais envolvidos pelo sindicato”, comentou Silvia Calicchio. 

 

“Defendemos um novo piso com ganho financeiro real, garantia de benefícios fundamentais como a licença maternidade de seis meses e a manutenção das gratificações em funções de confiança. Queremos continuar o diálogo sobre o direito dos jornalistas de terem participação nos lucros e balizar a criação de um plano de cargos e salários”, disse a diretora, elencando alguns pontos da minuta.   

 

Se não houver acordo, o Sindjor vai encaminhar a situação à Justiça do Trabalho na forma de Convenção Coletiva. A mobilização da categoria é fundamental.

 

A minuta em discussão entre Sindicato e empresas tem 51 cláusulas e inclui jornalistas, diagramadores, programadores visuais, editores de imagem, repórteres fotográficos e cinematográficos, ilustradores, analistas e operadores de mídias sociais, entre outros. 

 

Além do exposto, o texto trata da data-base, abrangência de seus efeitos, jornada de trabalho, escalas, horas extras, faltas, intervalos, gratificações, acúmulo de funções e trabalhos reproduzidos. Também discorre sobre exercício profissional, carteira de trabalho, rescisões, aviso de dispensa, aviso prévio, condições de trabalho, estágio e assédio moral. 

 

A minuta inclui benefícios como auxílio alimentação, creche em empresas com mais de 16 jornalistas, amamentação durante jornada de trabalho, licença paternidade de cinco a 20 dias e licença para estudo. E trata ainda de relações sindicais e garantia de direitos, como acesso aos locais de trabalho, descontos autorizados ao sindicato e quadro de avisos com notícias sindicais no interior das empresas.     

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