Sindjor-MT
O Sindicato d@s Jornalistas de Mato Grosso emite nota pública repudiando entidades patronais de Sorriso que tentam distorcer a verdade ao dizer que não houve tentativa de impedimento ao trabalho de profissionais da TV Centro América em recente viagem de comitiva presidencial à região Norte do estado. Ao mesmo tempo, o Sindjor registra que a tímida cobertura da mídia regional aos protestos contra o governo federal na ocasião desinforma e estimula o clima de censura e autocensura no jornalismo. Pedimos leitura e compartilhamento desta nota, que também está ao final do texto em arquivo anexado.
Em defesa de uma imprensa livre e plural
O Sindjor/MT repudia a nota emitida pelo Sindicato Rural de Sorriso, pela Câmara dos Diretores Lojistas de Sorriso e pela Associação Comercial e Empresarial de Sorriso por ignorarem que uma democracia é o lugar para a pluralidade de ideias e opiniões e não comporta discriminações ou qualquer forma de aproximação do pensamento único.
As entidades patronais distorcem a verdade ao tentarem dizer que não houve impedimento do trabalho de profissionais de imprensa da TVCA em recente visita da comitiva presidencial a Mato Grosso. De outro lado, o Sindjor registra a tímida cobertura da mídia regional quanto aos protestos realizados contra o governo federal na ocasião, o que desinforma a população e estimula um clima de censura e autocensura no meio jornalístico.
Na democracia há lugar até para um mentiroso global, como o próprio presidente da República, que usou o espaço da ONU na terça-feira (22) para apresentar uma realidade paralela. Depois de 7 mandatos, com uma performance pífia no parlamento, foi eleito. Talvez em algum momento ele se dê conta que deve governar para todos.
E quem são os demais ‘subscritores intelectuais’ da nota do Sindicato Rural, CDL e Associação Comercial, que também constam dos destinatários e beneficiários do texto? Um deles é o anti-herói general Augusto Heleno, hoje ministro de Segurança Institucional. O mesmo que criou um incidente diplomático quando estava à frente da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah). Em julho de 2005 a ‘missão’ metralhou civis em Cité Soleil e rapidamente o general foi afastado pela oportuna intervenção de Celso Amorim, condutor do Itamarati à época e de uma política externa altiva e não subserviente aos estadunidenses, como agora constatamos.
Outro cidadão que subscreve a nota é Nabhan Garcia, mentor da UDR, a desencadear uma feroz perseguição a posseiros humildes do Vale do Paranapanema nos anos 1980, usando o Instituto de Terras de São Paulo, contribuindo para o processos de apropriação de terras públicas. O mesmo que, hoje secretário Especial dos Assuntos Fundiários, instituiu o regime de autodeclaração para as posses na Amazônia para legitimar a grilagem, o desmatamento ilegal e a queima da floresta derrubada a ponto de colocar em risco o agronegócio lúcido e não a malta de caloteiros que se rotula do agro.
Os subscritores locais da nota que conhecem essas biografias e as chancelam não são apenas oportunistas desavisados.
O Sindjor/MT vai continuar a defender uma imprensa livre e plural que não seja criminosamente obstada no seu trabalho.
Sindicato d@s Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor MT)
(Gestão 2019-2020) Em defesa d@ jornalista